segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Adeus prazeres da carne: tudo o que você precisa saber para ser vegetariana


Você decidiu tornar-se vegetariana - e isso pode fazer maravilhas por sua saúde. Mas só se for do jeito certo.

As mulheres vivem lutando para chegar ao topo: da carreira, dos relacionamentos... Pois bem, saiba que você está no topo da cadeia alimentar: pode comer o bicho que quiser. E não corre o risco de ser comida por nenhum deles - a menos que se aventure em um safári pela África. Se ainda assim você quer abrir mão da sua posição superior e tornar-se uma vegetariana, é questão de escolha. Algumas pessoas fazem isso por acharem que é bom para a saúde, outras porque estão preocupadas com o planeta, algumas têm pena dos animais, os iogues acham que combina com seu estilo de vida, e também não se pode desprezar a companhia durante a refeição - e talvez até depois dela - do rapaz vegetariano de olhos verdes que conheceu naquela balada. Ou a decisão de se tornar vegetariana seja apenas reflexo de sua inteligência privilegiada. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, mostrou que um QI alto na infância está intimamente relacionado com a conversão de algumas pessoas à dieta vegetariana na idade adulta. Bem, não importam os motivos que a levaram a dizer adeus de vez ao bacon, à picanha, ao cupim e ao companheiro de tantos ataques de fome, o hambúrguer. O importante é fazer com que essa despedida seja o menos dolorosa e danosa possível ao seu organismo. O que isso significa: que a transição deve ser feita de forma consciente e bastante saudável. A mudança pode ser radical, ou seja, a pessoa para de consumir carne de uma vez, ou pode levar alguns meses, com o consumo sendo reduzido aos poucos. Cada um faz do jeito que achar melhor. "Quem radicaliza muitas vezes pode ter um problema sério de saúde e acredita que esse é o momento de mudar. Alguns o fazem por filosofia de vida. Nesse caso, a transição costuma ser mais lenta", diz a nutricionista Bárbara Sanches, da VP Consultoria, em São Paulo.

Junk vegetariano

Seja qual for seu ritmo, tenha na cabeça que a conversão pura e simples ao fantástico mundo das folhas e frutas não é garantia de uma dieta de qualidade. "O fato de a pessoa optar pelo vegetarianismo não significa que ele seja saudável, porque a alimentação pode estar totalmente desequilibrada. Existem dietas desbalanceadas tanto entre os vegetarianos como entre os onívoros, aqueles que comem de tudo", diz a nutricionista Tatiana Scacchetti, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Nessa salada russa, há muita comida que pode ser classificada como vegetariana mas que também acaba entupindo suas artérias com o passar do tempo. Se você cortar carne mas continuar comendo salgadinhos e molhos prontos, a única coisa que estará fazendo é ser adepta de uma espécie de junk food vegetariano.

Siga o mestre

A primeira dica para fazer a coisa certa vai na linha "Consulte sempre um corretor de seguros". Antes da mudança, o ideal é procurar um nutricionista para que ele indique uma dieta equilibrada. Feita de qualquer forma, pode deixá-la com uma deficiência nutricional. E sabe o que isso significa na prática? Além de começar a colecionar problemas de saúde, você ficará feia. "A deficiência proteica pode resultar em perda muscular, dificuldade de cicatrização, queda de cabelo e unhas quebradiças", diz a nutricionista Eneida Ramos, do Albert Einstein. E você não pretende ficar parecida com aquele estereótipo da vegetariana pálida e abatida, não é mesmo? Tornar-se vegetariana não significa resignar-se a enxergar um prato verde o tempo todo. Se decidir fazer tudo sozinha, sem um nutricionista, é bom preocupar-se com o que não pode faltar no seu organismo. "Você já ouviu isso, mas agora, mais do que nunca, a alimentação deve ser muito variada e colorida também. Caso necessário, a dieta pode ser complementada por suplementos, recomendados por um profissional", diz a nutricionista Letícia de Nardi, de São Paulo.

Bons motivos para se tornar vegetariana

Quando um chato perguntar por que você se tornou herbívora, tenha as respostas na ponta da língua.

· É mais fácil ficar magra. Um estudo conduzido pelo Instituto Cancer Research, na Inglaterra, acompanhou 22 mil pessoas em cinco anos. Nesse período, enquanto os carnívoros ganharam 2 kg, os vegetarianos ficaram ½ kg mais gordos.

· Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que a ansiedade diminuiu 18,6% e o stress crônico caiu 16,4% em adeptos da dieta vegan.

· A pressão sanguínea e os níveis de LDL (colesterol ruim) e triglicérides eram mais baixos entre os ovolactovegetarianos, segundo um estudo da Universidade Federal do Espírito Santo.

· A dieta diminui a produção de radicais livres e previne o envelhecimento, segundo pesquisa da Universidade de Medicina da Eslováquia.

· Vegetarianos e vegans têm o índice de massa corporal menor do que os que comem carne.

· Quem não come carne é 45% menos propenso a desenvolver câncer no sangue, segundo pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra. O mesmo estudo conclui que a abstinência reduz em 12% o risco de qualquer tipo de câncer.

· Melhora a digestão por causa do consumo de fibras. Você nunca mais vai precisar contar há quantos dias seu intestino está de greve.

· Aumenta a longevidade. Mulheres vegetarianas têm 24% menos chance de morrer de ataque cardíaco do que as não vegetarianas.

Bons outros para manter a carne no cardápio

O que responder a um vegetariano que tente convencê-la a abandonar o espeto de picanha.

· É possível fazer refeições saudáveis e balanceadas mesmo comendo carne. A dieta vegetariana também pode ser de má qualidade.

· As fontes de proteína vegetal não contêm todos os aminoácidos de que o organismo precisa. E, no caso dos vegetais, essas proteínas não são tão facilmente absorvidas pelo organismo.

· Ao cortar carne, a deficiência de ferro pode levar à anemia, que vai deixá-la cansada e abatida, muitas vezes com falta de ar e fraca. Um estudo feito pelo Conselho Nacional de Combate à Anemia, nos EUA, mostrou que as adolescentes tinham dez vezes mais chance de ter anemia do que os garotos - uma das causas apontadas eram as dietas vegetarianas.

· Estudos mostram que a deficiência de zinco, um dos problemas que podem afetar os vegetarianos, pode deixar o sistema imunológico mais fraco. Um estudo da Universidade Estadual de Michigan, nos EUA, constatou que em apenas um mês a eficiência do sistema imunológico diminuiu de 30 a 80%.

· Um estudo do Instituto Ludwig Boltzmann, na Áustria, constatou nos vegetarianos uma redução da síntese de colágeno, que tem papel fundamental na prevenção do envelhecimento da pele.

· Vegetarianos podem sofrer prejuízo na saúde mental, segundo um estudo da Universidade de Newcastle, na Austrália. Entre os vegetarianos, 22% tinham depressão, ante 15% dos não vegetarianos.

Pratique o desapego do que não acrescenta nada à sua vida- Dicas de Feng Shui


Quem não tem guardado, há anos, um jeans que não serve mais, que atire a primeira pedra. Mas apegar-se a coisas que não acrescentam nada pode virar doença. Saiba por quê...

Ok, as conexões com pessoas, objetos, lugares e situações são importantes e fazem parte daquilo que somos. O problema é quando algumas delas já não nos dizem mais respeito, porém o apego é tamanho que não nos permitimos seguir sem elas. Resultado: as transformações necessárias para a nossa vida acabam não acontecendo e ficamos estagnadas. "Muita gente permanece na chamada zona de conforto, mesmo que seja pra lá de desconfortável. Pode ser no emprego, nos relacionamentos, no casamento... Ainda que aquilo incomode, nos agarramos à ideia de que já sabemos como lidar com a situação e mantê-la sob controle. O novo, por sua vez, é imprevisível".


ALTO PREÇO

O apego excessivo pode ser muito perigoso. Mais do que nos colocar diante da inércia, pelo medo de agir e de abrir mão de algo, ele pode levar à obsessão e funcionar como um estímulo para o sofrimento. "Sentir dor frente a alguma adversidade é um fato compreensível. No entanto, ficar remoendo durante muito tempo uma dor ou lembrança faz mal tanto para a saúde psicológica quanto para a física, favorecendo a incidência de depressão, ansiedade e até câncer".

"O desprendimento desencadeia a raiva, que eleva a produção de suco gástrico, provocando úlcera e gastrite. Pessoas que têm apego emocional internalizam as sensações e não conseguem manifestá-las, sentem-se sufocadas e desenvolvem asma." Mais: quem não abre mão de nada costuma ter prisão de ventre. Já o medo do novo tende a levar à síndrome do pânico - a pessoa se confina dentro de casa, porque é o único ambiente onde ela controla tudo.


PONTO DE EQUILÍBRIO

Engana-se quem acredita que as pessoas completamente descomprometidas, que não se apegam a nada nem a ninguém, são bem resolvidas. "É preciso se permitir criar laços, viver uma grande história de amor, por exemplo. Fugir disso por medo de se machucar tende a levar a uma jornada incompleta".Então, qual é a recomendação? Buscar a moderação; afinal nenhum excesso é saudável. A boa notícia é que todo mundo pode desenvolver a habilidade de se desapegar um pouco mais. E a primeira medida para isso é dar a devida importância a cada coisa, sem extrapolar no julgamento. "Temos que valorizar a vida e não o que obtivemos ao longo dela. O ser humano foi criado para seguir adiante, evoluir. Sendo assim, a felicidade não pode significar um fim, um local no qual você se acomoda e não quer sair. Ela deve ser um caminho, que nos impulsiona sempre". Fazer pequenas mudanças no dia a dia ajuda a se desapegar, abandonar a zona de conforto e, de quebra, beneficia o cérebro. "Quando fugimos do habitual e encaramos uma novidade, obrigamos a mente a estabelecer novas conexões e, assim, ativar áreas que estavam subaproveitadas".E cá entre nós, vale a pena substituir o receio da novidade pela coragem de ser surpreendida. O desconhecido pode se tornar uma agradável descoberta.


QUESTÃO DE PRÁTICA

Demonstrar apego diante das situações não é sinal de que você está fadada a repetir o comportamento ano após ano. Acredite: somos capazes de reprogramar as nossas emoções e, assim, aproveitar a vida de um jeito mais leve. "Enquanto o apego é como um mel nas mãos, que faz tudo ficar grudando, o desapego é como ter mãos livres e limpas. Podemos apanhar um objeto e depois colocá-lo de volta no seu lugar, cientes de que nada pertence ao ser. Nos libertamos de amarras".
Pronta (o) para fazer pequenas, mas poderosas mudanças na sua vida?

- Revise o seu guarda-roupa uma vez por ano.

Se nas últimas quatro estações você não usou uma peça, é porque ela não é importante. Doe para quem precisa! E dê uma roupa sempre que comprar outra.


- Estimule a independência dos seus filhos.

Elogie quando eles tomarem decisões sozinhos e pense na possibilidade de um intercâmbio. Essas experiências contribuem para o crescimento.


- Doe brinquedos.

Aproveite que o Dia das Crianças vem aí e proponha aos pequenos que separem alguns itens para alegrar a vida de quem precisa.


- Participe de grupos de troca ou bazares.

Existem lugares (inclusive online) que propiciam a permuta de roupas, livros, objetos etc.


- A cada seis meses mude algum móvel de lugar.

Isso faz a energia circular e cultiva o gosto pela novidade.


- Proponha ao parceiro que vocês revezem o lado da cama.

A atitude é simples, mas ajuda a alterar a rotina e exercita a flexibilidade.


- Desligue o piloto automático.

Experimente tornar cada dia diferente. Ideias: escolha um caminho novo para chegar ao trabalho, use o relógio no pulso que não está habituada, comece o banho ensaboando uma parte diferente do corpo. Tudo isso abre espaço para o novo!